Transborda

“Falamos sobre muitos tipos de realidade, mas o cinema depende primeiro de uma realidade visual e espacial (…). Assim o realismo central do cinema não é certamente o realismo do assunto ou o realismo da expressão, mas o (…) espaço, sem o qual os filmes não se transformam em cinema.” André Bazin

O espaço é um dos recortes que fazemos sobre o filme “The rape of Sabine women“. Estes espaços arquitetônicos, bem como as ações que neles ocorrem, serão apreendidos pelos criadores-intérpretes de maneira mais global, oferecidos como projeções de uma vista, sobretudo por conter uma carga narrativa onde se possa construir “corporalidades/corporeidades”, ao mesmo tempo que “tira do lugar“ habitual de investigação os criadores-intérpretes, obrigando-os a rever padrões e intenções. Além disso, o Núcleo transforma o próprio processo de construção das cenas nas locações em intervenção, de maneira que alguns desses ensaios tenha valor, neles mesmos, de troca com o público, apresentando-os como um work in progress.


O Núcleo usará as referências dessas locações na cidade de São Paulo:

* casa da década de 50 ou 60
* museu/galeria
* casa de carnes
* teatro
* aeroporto
* vitrines

Cada intérprete deverá desenvolver estratégias de apropriação de situações, movimentos e imagens extraídos da experiência desses espaços.